(PUBLICADO NO JORNAL CIDADE DE GUARUJÁ Nº 44)
A
foto nos mostra, grosso modo no interior do traço vermelho, a bacia de
contribuição ao Rio do Peixe e canal da D. Pedro. A extrapolação da curva de
crescimento urbano da região nos leva a crer que, em no máximo 20 anos, toda a
região dentro do perímetro marcado em vermelho estará construída e
impermeabilizada (*) com exceção, naturalmente, da área
inclinada dos morros. A esquerda do canal artificial existe a serra,
bastante inclinada, que contribuirá para a diminuição do tempo de concentração
das águas da chuva. Segundo o projeto, provavelmente feito pelo DNOS em 1982, o
canal artificial foi calculado para recolher as águas da margem esquerda
somente. Todas as outras, à direita, deverão ser encaminhadas para o Rio do
Peixe, completamente estrangulado na entrada do Jardim Acapulco que durante
chuvas mais intensas poderá ficar completamente inundada.
Os terrenos circunjacentes aos do Jardim
Virginia distam, em media, 1500 m da praia e, no mínimo, 6000m da foz do Rio do
Peixe. Por isso, para conduzir as águas pluviais originadas nessa região, a
declividade em relação ao Rio do Peixe será 4 vezes menor do que em relação à
praia, o que, para manter a vazão, exigirá uma calha maior para o Rio do
Peixe. Ainda que não fosse por motivos
técnicos, é muito mais econômico utilizar o caminho mais curto para o escoamento
das águas pluviais.
(*)
É preciso muito cuidado quando se utiliza o coeficiente de impermeabilização do
solo no cálculo de drenagem em locais com elevados níveis de lençol freático.
Já ocorreu no Guarujá chover fraco durante uma semana inteira e, em seguida,
ocorrer uma precipitação intensa que ocasionou enchente. Nesse caso o solo
estava inteiramente impermeabilizado, não por construções etc., mas
simplesmente estava encharcado. Às vezes é preferível desconsiderar qualquer
infiltração possível isto é, não considerar o coeficiente de impermeabilização.
E imperioso que permita percolacao do solo e mantenha áreas naturais para absorver água
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