segunda-feira, 11 de novembro de 2019

39. CONTRIBUIÇÃO PARA CONSTRUÇÃO DA PONTE SANTOS - GUARUJÁ

             Acesso sobre a arrebentação com declividade de 6 a 9% (DNIT)


             Apoio dos estais de um só lado.

             Vários acessos possíveis e pedágio em local estratégico fora do transito.



Há muito tempo fala-se em construir uma ponte entre Santos e Guarujá para facilitar a circulação de veículos entre as cidades.  Hoje a travessia do canal é feita por um serviço de balsas e, às vezes, devido ao número de utentes a neblina ou passagem de navios, chega-se a ficar duas horas na fila.

Em 1974 eu tinha uma pequena construtora e um jornalista, amigo do irmão do presidente Geisel, me ofereceu a oportunidade de construir essa ponte. Não aceitei por motivos que agora são irrelevantes entretanto, na época, cheguei a pensar sobre a localização e como poderia ser feita.

Passados 44 anos e ainda sem uma ponte,  a utilização das balsas se tornou mais complicada especialmente por ocasião das temporadas, fins de semana e feriados, mas também em dias comuns tendo em vista que muitos santistas trabalham no Guarujá e vice versa. Também os serviços médicos e  as escolas de Santos são bastante utilizados pelos munícipes de Guarujá que ficam por vezes duas horas na fila da balsa.

Nos últimos anos a cada eleição para o governo do Estado de São Paulo aparece o candidato à governança abraçado a um projeto para fazer a ponte ou túnel. Promessas são feitas para obter votos dos eleitores de Santos e Guarujá que sofrem com o gargalo da travessia.

          FOTO 1

Essencialmente existem hoje três projetos. O mais antigo, do meu amigo arquiteto Dagoberto, que já não está entre nós,  foto 1, prevê a construção de uma ponte nas imediações onde atualmente atracam as balsas. Nesse projeto para se atingir a altura prevista de oitenta metros utiliza-se, de um lado e do outro, rampas circulares de concreto armado a semelhança das existentes em alguns shoppings, porém com diâmetros maiores. O projeto é muito bonito e daria um destaque às cidades.

            FOTO 2

O segundo projeto cantado em prosa e verso (foto 2) prevê a construção de um túnel. Trata-se de um projeto grandioso e caro que está em stand by deste 2013.

           FOTO 3

O mais recente projeto prevê a construção de uma ponte entre a ilha Barnabé e a entrada de Santos, A foto 3 apresenta uma ponte em torno de 7 km apoiada em treliça de aço. O primeiro navio desgovernado derrubará a ponte,  Discute-se se a localização dessa travessia servirá para resolver o problema das balsas ou se beneficiará somente a concessionária da emigrantes e o trafego de caminhões.

Vejamos alguns parâmetros que teriam que ser levados em conta   para melhorar a ligação Santos-Guarujá que hoje é feito pelas balsas.

1- BALSAS.  A melhoria do serviço do transporte em balsas não resolverá o problema porque será limitado pelo crescimento da passagem de navios, pela impossibilidade de aumentar o número de atracadouros, pelo fato de que com neblina ou mar agitado as balsas não poderão funcionar e enfim por ocasionar o caos no trânsito nas duas cidades devido as filas de espera. Acrescente-se ainda que balsas não permitem o transito de ônibus. Hoje usam os serviços das balsas 28000 veículos.

2- DESAPROPRIAÇÕES.  Quaisquer sejam  as soluções apresentadas para realizar uma ligação seca entre Santos e Guarujá será necessário objetivar um mínimo de desapropriações.


3- LOCAL- A localização da obra, de preferência, não deverá conturbar sobremaneira o funcionamento do comércio local ou atravancar o transito com a passagem dos materiais necessários à construção. Todavia não poderá ser feita em local distante da atual travessia. Tal solução não desencorajaria os atuais usuários das balsas a continuar usá-las.

4- PONTE. A construção de ponte por onde transitam navios deve ser feita sem apoios onde embarcações desgovernadas possam abalroar  e sem apoios de treliças de aço alcançáveis pelas chaminés dos navios. Isto limita à duas soluções: ponte pênsil ou ponte estaiada com apoios fora da água alcançável por uma nave desgovernada.

5- PREÇO. O custo de uma obra é a coisa mais importante e muitas vezes impede sua realização. A primeira pergunta deve ser sempre; quanto custa? Por esse fundamental motivo é preciso que seja possível saber-se o custo da obra e seu prazo de execução,  É preciso, pois, ficar atento a obras  ou projetos onde as experiências são escassas e não existem parâmetros para avaliar custos e prazos. Em geral essas construções tem orçamentos super avaliados e aleatórios sofrem muitos adicionais de dinheiro e tempo de execução.

Baseado nessas premissas pode-se fazer uma avaliação dos projetos propostos  e todas as soluções tem um ou mais motivos pelos quais ainda não se decidiu iniciar as obras, entretanto o motivo principal é O CUSTO.

Comentários

Antes de mais nada é preciso decidir o que se quer. Se a idéia é resolver o problema da fila da balsa, isto é, possibilitar um transito contínuo e mais rápido para carros, ônibus e caminhões que segundo informações somam a média de 28000 veículos por dia e que hoje se utilizam das balsas, então o terceiro projeto não serve. Não irá minimamente absorver os utentes das balsas. Por isso vamos descartá-lo. Poderá ser executado mas, servirá para outra finalidade.

O projeto mais antigo cuja execução prevista é vizinho ao local dos atuais atracadouros das balsa terá sua execução sobremaneira complicada por falta de espaço. Por ali também irão circular em carretas todo o material que chegará destinado à construção. O fato de optar por um acesso à cota 80 através de rampa circular significa percorrer mais de um quilometro girando em um raio de 75 m. Entretanto trata-se de uma idéia fantástica.


O túnel seria uma boa solução, afinal já se fez até um túnel sob o canal da Mancha, entretanto existem alguns motivos que devem ser bem analisados.  Não se trata de contratar uma máquina perfuratriz como a que fez o túnel sob o Canal da Mancha em substrato seco mas construir uma base no fundo do canal lamacento para ali assentar partes do túnel pré fabricados em concreto armado e estanques, uni-los para depois estabelecer a comunicação entre eles.  Vejamos o que publicou a revista Exame em 2015.





O projeto, por enquanto não saiu do papel apesar de já estarmos em 2019, Acredito que são três os motivos que estão impedindo o prosseguimento da obra.

1. O preço completamente aleatório e no mínimo 700 milhões de dólares!
2. As incertezas durante a obra, inédita no país. inclusive pela passagem de grandes navios.
3. As desapropriações.

Na realidade essa é uma obra difícil de orçar. Por isso tanto poderá custar setecentos milhões de dólares como o dobro. E o tempo de execução é completamente aleatório.

APRESENTO UMA OUTRA SOLUÇÃO, FACTÍVEL E DE CUSTO COMPATÍVEL COM O RETORNO DO CAPITAL INVESTIDO.

Acredito que qualquer banco de investimento possa querer investir em um empreendimento que se pague em menos do que 10 anos.  A ponte abaixo foi construída na cidade de Dubrovnik, Croácia a um custo de trinta e um milhões de dólares. A ponte tem um total de 500 metros.


              FOTO 4 DUBROVNIK  CROÁCIA


              FOTO 5 GOLFO DE CORINTO, GRÉCIA. ESTAIS "SEGURAM" 300M'.

Conforme já foi dito, uma ponte sobre o canal navegável por grandes navios terá que ser ou uma ponte pênsil ou ponte estaiada. Por outro lado tanto uma como outra precisaria de algum espaço para contrabalançar o esforço dos estais ou cabos que sustentam a ponte de ambos os lados. Ora, do lado de Santos isso não é possível porque está densamente construído. Então se tivermos um local no Guarujá onde possa ser estabelecida uma torre com estais, do lado de Santos poderíamos usar vigas protendidas (foto 4) com as modificações necessárias por ser em curva.  Essa é a única dificuldade a ser solucionada porque o restante da técnica é bastante conhecida pela engenharia brasileira e fácil de orçar.


O acesso à ponte do lado de Santos sairia próximo onde hoje é a entrada da balsa mais antiga e a rampa construída sobre colunas para suportar duas pistas de três metros, se tanto, mais uma passagem para pedestres, conforme a foto 6 abaixo. Essas colunas seriam construídas sobre a arrebentação, sem invadir o espaço aéreo da avenida ou passeio. E mais, todo o material e equipamento seria disponibilizado em uma ou mais balsas atracadas que receberiam o material necessário por via navegável não atravancando, portanto, as ruas de Santos

           FOTO 6

Sem dúvida o suporte de 80 metros do lado de Santos, também construído fora da avenida seria o problema mais difícil de resolver, porem não insolúvel. Poder-se-ia ali construir um edifício de 28 andares, com piso de 1000m² comerciais, com condições de suportar as vigas de interligação com o final da ponte estaiada. Grande parte da ponte será suportada pelos estais ancorados em Guarujá. Esses mais do que 20.000m² de área comercial seria um plus para viabilizar o projeto.


            FOTO 7


O lado de Guarujá seria bem mais fácil resolver. Nos fundos do bairro Helena Maria e Santa Rosa, duas ou três ruas a partir da Av. Caiçaras dariam acesso à estrada a ser construída em área não povoada, em direção ao morro onde fica o forte da Barra. Por ai seria feita a rampa de acesso  à ponte apoiada por estais. Também aí ficaria o pedágio com espaço suficiente para não atrapalhar o transito dos bairros caso houvesse uma paralisação do tráfego.

Custo. 
Baseado no custo da ponte feita em Dubrovnik, em razão também de que toda essas construções tem uma técnica bastante utilizada no país, isto é, são de pleno conhecimento de nossa engenharia, cremos que se poderia contar com um custo em torno de TRINTA A QUARENTA milhões de dólares, isto é VINTE (20) vezes menos do que o orçamento do túnel. Significa isso que em 10 anos, no máximo, o custo do empreendimento seria resgatado!

Sérgio Di Petta
fevereiro 2019

sábado, 18 de março de 2017

38. JARDIM VIRGINIA, GUARUJÁ S.P.

COMEÇOU ASSIM EM 1954.


Pedro Paulo Matarazzo era misantropo, pelo menos foi o que ele me confidenciou. Nos fins de semana em que vinha para o Guarujá, na década de setenta e início da de oitenta, passávamos algum tempo conversando. Inteligente, de origem no mezzo giorno peninsular, conhecia as mazelas humanas. Certa ocasião criticou uma família com origem no oriente próximo que tinha casa na Enseada porque festejava com champanhe francês e fazia questão de colocar nos jornais para que todos vissem. Disse ele: podemos gozar o dinheiro que ganhamos, mas não devemos esquecer que muitos vivem na miséria. Dizia também que desde que teve a idéia de fazer o loteamento era obrigado a sustentar a corrupção, caso contrário as coisas não andavam, isto é, desde 1954! Contou-me os detalhes, o que contribuiu para que eu engrossasse a turma dos misantropos.

O projeto do loteamento Jardim Virginia não tem similar em toda Enseada, quiçá no Guarujá, em termos técnicos de plano urbanístico e de saneamento. Foi o projeto de drenagem mais perfeito e honesto que já tive conhecimento pela complexidade, uma vez que a região era toda inundada, porque a drenagem natural dependia do escoamento do rio do Peixe, que deságua no Perequê, a seis quilômetros de distância e, principalmente, pelos rios Bonet e das Pitas, ambos com meandros naturais e completamente assoreados por ter seu curso em leito de areia.

Quando a distribuição de água potável era incipiente nas Pitangueiras, o Jardim Virgínia dispunha de distribuição domiciliar de água mineral (mandada analisar pelo Dr. Osvaldo Cruz, morador) proveniente da serra ao lado da pedreira. Ali foi construída uma captação de água oriunda das nascentes a montante, a qual eu, muitas vezes, vistoriei para me certificar das condições sanitárias. Uma adutora de mais do que três quilômetros, feita em tubos de ferro fundido de cinco polegadas, trazia água potável até a avenida em frente ao mar. Na Avenida Paulo Matarazzo, próximo à Rua Acre, o loteador fez um enorme chafariz, artístico, onde saía o excesso da água não consumida. O chafariz começou a ser destruído no governo municipal em 1980/81. Os outros governos incumbiram-se de destruir o restante. Lamentável. Infelizmente gente de poucos atributos intelectuais que não conseguem entender o que seja arte. Muito menos entendem que devemos preservar a história de nossa arquitetura.

         Chafariz Av. Paulo Matarazzo, final,                    Captação água


1974 

Durante o governo dos militares, que não foi uma ditadura porque esta preconcebe sempre um só mandatário que fica no Poder muitos anos, iniciamos uma segunda etapa do loteamento. Entretanto, foi uma época de muita estatização e também corrupção nos escalões inferiores. É dificil fiscalizar quando se trata de um povo corrupto pela própria natureza. Sei lá.

Nessa época o Conde Pedro Paulo Matarazzo estava com um grande problema. Havia aprovado na PMG um enorme loteamento em quase toda a área restante de sua propriedade no Jardim Virgínia. Milhares de lotes que tinham que pagar IPTU. Nada se vendia na época e, além disso, o loteamento fora aprovado, como a maioria dos loteamentos da Enseada,  sem um projeto de drenagem factível. Sob esse aspecto seria um loteamento de dificil realização pela impossibilidade de retirar as águas pluviais que se acumulam em chuvas de prazos de recorrência maiores.

Fui contratado para resolver o impasse e a primeira providência foi conseguir junto a PMG a anulação do projeto aprovado que não tinha ainda sido realizado nem registrado. O meu amigo Laerte, agora aposentado, deve se lembrar disso. Após essa providência, iniciamos um estudo para o aproveitamento global da área, levando em conta a caótica situação de drenagem da região. Esse estudo resultou no mapa, a esquerda, abaixo, que seria feito por etapas.


           O SONHO                                                        A REALIDADE ( áreas aproximadas)


Os canais de drenagem foram objeto de projetos à semelhança daqueles feitos em Santos pelo sanitarista Saturnino de Brito. A idéia sempre foi seguir a excelência que caracterizou o loteamento iniciado em 1954, sem comparação possível com outros loteamentos nas imediações, à exceção do Portal do Guarujá e Granville. Assim é que o projeto da Av. Braúna prevê um canal que substitui o antigo rio Bonet a fim de dar vazão às águas.




A drenagem que a natureza realizou durante os últimos 15.000 anos, sempre pelo caminho de menor distância do mar, era feita através dos rios Bonet e Pitas. O canal que substituiu o Rio do Peixe, feito na década de 80 retirando-o de seu leito natural e colocando-o para fluir em leito arenoso, certamente cobrará pedágio de nossos descendentes. Aliás, isso acontece em quase todas as cidades brasileiras onde as enchentes, corriqueiras, são sempre atribuídas a São Pedro. Não se sabe a quem atribuir esses erros de projeto, se a nossas escolas de engenharia ou as universidades da corrupção.

Em 1982 a morte do loteador mostrou que os Poderes Públicos não estão à altura de responder por uma administração coerente e racional para tomar providência tempestiva e necessária. Debito à todos eles o ocorrido com a urbanização equivocada ocorrida na área do Jardim Virgínia, Guarujá, isto é as invasões e realização de loteamentos ao arrepio das leis.

 A Firenze Construtora, impotente para resolver os problemas que se desenrolavam morosamente no Judiciário, aguardou três anos, de 1982 a 1985, amargando prejuízos, quando optou por um acordo para não perder mais dinheiro, recebendo como pagamento de seus serviços lotes em loteamento inacabado, O QUAL DEVERIA SER TERMINADO PELOS LEGATÁRIOS DO LOTEADOR DEFUNTO, PORÉM ATÉ HOJE NÃO FOI FEITO. Esse pagamento, com certeza, não cobriu o total do crédito pois não levou em consideração lucros cessantes e expectativa de lucro com o cemitério, cujas despesas do projeto foram custeadas totalmente pela Construtora Firenze. Além disso, a falta de uma documentação perfeita dos lotes desvalorizou o pagamento feito à Firenze pelos legatários do loteador Matarazzo.

Foram mantidas no local nesses três anos uma moto-niveladora, duas retro-escavadeiras, uma AD7B, uma W20 e uma W7, alem da infra-estrutura, ferramentas e pessoal para a manutenção dessas máquinas e também o escritório de vendas!

O restante da história está na primeira postagem deste blog e sucessivas. E abaixo é a finalização do sonho de fazer o Guarujá um pouco melhor.



      

       
 
      As escolas atuais estão realmente ensinando o que?


       

O Brasil atravessa uma fase de incompetência generalizada dos poderes que o administram, o que é uma pena porque poderia ser um país mais bonito e civilizado. Obras de urbanização, particulares ou públicas, não podem deixar de ter continuidade mercê da morosidade das providências legais. A consequência trágica  é a favelização das cidades, a falta de saneamento, além de litigância com mortes, sempre sem punição.

São trinta e cinco anos que o loteamento espera dos poderes competentes alguma solução racional e é a primeira vez que vemos um secretário municipal participar e interessar-se pela solução do problema Jardim Virginia e isso já é meio caminho andado. Desejo ao Arquiteto Marçal  muita coragem para enfrentar esse problema que ele conhece bem.

 Ainda que tenha sido declarado na reunião, da foto anexa, que o pagamento feito à Firenze será honrado, conforme já havia sido declarado pela Tera, sucessora do loteador, no jornal A Tribuna em 18 de fevereiro de 2012, sobejam ainda outros problemas tais como a área destinada a jardins e edificios públicos, e a obrigatoriedade de fazer as obras de infraestrutura.

Este ano faço oitenta anos e me despeço, pessimista, no que tange a ver plenamente realizado o sonho um dia sonhado.

Apesar de haver tanta gente honesta e inteligente, nosso país caminha à matroca na mão de algumas centenas de bandidos. Lamentável. Salve-se quem puder.    Di Petta março/2017

domingo, 14 de junho de 2015

37. COMUNICADO



Para que fique claro e a bem da verdade informo que o prazo de 15 (20) dias dado pelo Sr. Alcides, venceu no dia 22 de maio último.

Até hoje ninguém nos procurou o que demonstra que a palavra dada não teria valor, ou não ficamos sabendo se existe ainda algum problema para resolver, se alguém ficou doente, enfim, sem nenhuma informação.

Infelizmente em nosso país essa atitude passou a fazer parte da cultura popular.


Aguardemos.

sábado, 9 de maio de 2015

36. COMUNICADO

JARDIM VIRGINIA

Na última segunda feira, dia 04 de maio, fizemos uma reunião com o Sr. Alcides representante do Sr. Airton Garcia. Na reunião estavam também o Sr. Fernando e o Sr. Assis.

Nessa ocasião o Sr. Alcides pediu de 15 a 20 dias portanto até o dia 22 próximo, para  assinar um documento pondo fim ao problema  em obediência à publicação que a Tera fez no jornal Tribuna.


Vamos aguardar.         

GUARUJÁ 08.05.2015

segunda-feira, 20 de abril de 2015

35. JÁ FAZ UM ANO


  **********  2015  **********
Faz Um ano que fizemos uma reunião com o comprador da empresa Tera, a qual por sua vez, havia adquirido dos herdeiros de Paulo Matarazzo as terras denominadas  Jardim Virginia, cuja venda livrou os referidos legatários das obrigações legais não cumpridas.

 O adquirente, Sr. Airton Garcia, naquela ocasião em reunião conosco, comprometeu-se a honrar os compromissos feitos anteriormente pelos legatários de Paulo Matarazzo, à Construtora Firenze que se referiam a pagamentos por serviços executados.

Neste blog está contada a história recente deste loteamento, do abandono, invasões, mortes, enfim uma série de absurdos que ocorrem comumente em todos os recantos deste belo país.

Venho, agora, avisar às famílias, às pessoas que possuem lotes de terreno com origem na Construtora Firenze, executora do loteamento, as quais nestes últimos três anos tem sofrido as incertezas quanto aos seus documentos judiciais de dação em pagamento que o Sr. Airton Garcia, em telefonema, se dispôs a acertar de imediato a situação dessas dações em pagamento, pondo fim a lambança havida e ao desentendimento presente nos poderes competentes.

Seu representante no Guarujá. o Sr. Alcides, já tem a documentação necessária e reiterou as palavras do Sr. Airton Garcia de que, de maneira urgente, pretende resolver a situação que está causando humilhação e desespero (já há 3 anos) nas famílias que ali habitam e possuem documentação com origem no Poder Judiciário, transitada em julgado.
  

Por isso, eu, engenheiro Sérgio Paulo Petta, proprietário da Firenze Construtora e Imobiliária Ltda. espero que, desta vez, após 33 (trinta e três) anos (por coincidência a idade com a qual morreu Cristo), finalmente coloquemos uma pá de cal nesse assunto ignóbil.


17.abril.2015

segunda-feira, 14 de abril de 2014

34. LIXO (dejetos humanos)


A foto 8396 mostra o local onde os moradores do Jardim Virginia, Guarujá, S. Paulo, colocam o lixo para que seja levado pela coleta pública. As outras fotos retratam como funciona na Europa, Estados Unidos, e outros países mais sérios. Nessa matéria estamos em atraso de pelo menos 60 anos em relação ao mundo civilizado.
Incumbe ao Poder Público organizar a coleta e disposição final dos dejetos originados pelas atividades humanas e a solução do problema passa pela vontade dos políticos, especialmente vereadores e prefeitos, uma vez que esse é um problema de conseqüências municipais.

Entristeço-me em ver que a classe política viaja para o exterior com as sobras de campanha somente com a finalidade de se divertir e poder trazer uísque do Free Shop. Não conseguem enxergar certos adiantamentos daqueles povos para adotá-los em nosso país. Não creio que seja somente desinteresse. É, principalmente, porque possuem mente apoucada e inculta, produto de educação mal feita ou mal aproveitada.

Há mais de cinqüenta anos que assistimos as privilegiadas mentes dos alcaides e seus assessores adotar a solução de colocar lixeirinhas penduradas nos postes ou fixas nas calçadas para mostrar aos ambientalistas de plantão algum serviço. Em geral os tais pequenos contentores de dejetos são fornecidos por empresas amigas ou de mesma corrente política e não duram o tempo do mandato. É dinheiro posto fora.

Os países subdesenvolvidos, sempre produtos de povos idem, devem procurar auxilio e copiar as soluções acertadas de povos mais avançados. Hoje não se imagina navios transportando cargas picadas carregadas nas costas dos estivadores. Também, no mundo civilizado, não existem lixeiros pegando lixo de porta em porta e fazendo aquela gritaria. A única maneira de coletar o lixo economicamente, separando-o por categorias, é dotando as cidades e o campo de locais com contentores conforme se pode ver nas fotos acima. Cada cidadão, orientado por campanhas publicitárias, leva seu lixo, já separado, para os contentores.
O Brasil perdeu a hora de fazer ferrovias e também perdeu a hora para resolver o problema da coleta do lixo. Façamos um exercício de memória para saber quanto isso poderia custar hoje. Em grandes números temos uns quarenta milhões de domicílios (aceito correções).  Cada contentor atende a uns duzentos lares no máximo, portanto precisamos, grosso modo, 200 000 contentores. Esse equipamento pode ser feito em plástico alto impacto ou chapa galvanizada e vamos, somente para ter um número, orçar em US10 000,00 cada e o total chega a US$2000000000,00. Se considerarmos a coleta separada de vidros, metais, papel e lixo orgânico teremos de multiplicar a despesa por quatro, portanto oito bilhões de dólares.

A isso se soma o custo dos veículos especiais para descarregar os contentores e também os lugares para localizá-los. Esse número poderá, simplesmente, dobrar uma vez que terá que ser levado em conta a proximidade que esses locais deverão estar dos utentes. O dinheiro consumido em uma ou duas arenas para a Copa do Mundo poderia ser suficiente para iniciar o processo, mas isso seria esperar que os gerentes do Brasil soubessem o que significa prioridade. Quem prefere uma TV antes de comprar a geladeira jamais saberá o significado da palavra prioridade.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

33. AOS RESPONSÁVEIS PELA SAÚDE DE NOSSA SOCIEDADE



Da mesma forma que os médicos, hospitais e pronto-socorros são responsáveis pela saúde das pessoas, os juízes, promotores e advogados têm o encargo de preservar a saúde da sociedade. Os primeiros atendem o individuo. Os segundos, além da pessoa, do cidadão, têm o encargo importante e indeclinável de manter saudável a própria sociedade.

Esse enfoque, um tanto mal compreendido nos países de origem latina, é bem desenvolvido naqueles herdeiros do pragmatismo inglês. Por desfortuna, somos latinos.

Hoje muito se reclama do sistema de saúde brasileiro. Somos um país de muitos doentes pobres, cujo sistema oficial de saúde não atende satisfatoriamente. Também somos um país no qual a Justiça deixa a desejar quanto à justeza e rapidez de suas decisões. Essa distorção de ambos os sistemas produz uma sociedade insatisfeita, aumenta a pobreza e o descontentamento. É, certamente, uma realimentação das doenças e da criminalidade.

Para se ter uma idéia da funcionalidade da Justiça, um simples caso de inadimplência de taxa condominial está demorando 23 longos anos. Mais de um ano a disposição de um juiz para, simplesmente, despachar.  Casos de concussão nos serviços públicos demoram anos para serem resolvidos e quando resolvem, o produto do roubo já foi diluído os autores morreram e as provas se escafederam. É um processo Kafkiano atual.

Favelas, comunidades sem infra-estrutura, são locais onde as crianças, os brasileirinhos que um dia herdarão nosso belo país, brincam no esgoto a céu aberto, tomam água poluída, convivem com marginais que ali se desenvolvem com mais força e coragem. Casas de madeira e lata quando pegam fogo não permitem, pela desorganização das edificações, o acesso dos bombeiros, como aconteceu recentemente na Vila da Noite em Guarujá.

Favelas são doenças sociais originadas pela inoperância e incompetência dos poderes constituídos, pela demora em fazer cumprir as leis, pelo desconhecimento das mesmas, e por outros fatores pouco louváveis.

O aparecimento das favelas “Pedreira ou Cesp”, do “Cantagalo” e aumento da “Barreira do João Guarda estão nesse caso. Não vamos, absolutamente, culpar aqueles que ocuparam aquelas terras para ali fazer sua moradia. A eles não foi permitida outra solução porque a burocracia oficial tem impedido, sistematicamente, que sejam realizados loteamentos populares como havia há 30 anos. Existem pobres e ricos e ambos têm que ter opções para morar em locais decentes. O Poder Público tem se mostrado ineficiente em prover moradia, ou local com infra-estrutura, para que os menos favorecidos façam suas próprias casas e a prova é a multiplicação das favelas.

Saibam todos que as favelas existentes no Jardim Virgínia, Guarujá, iniciaram quando era prefeito o Sr. Rui Gonzalez, de triste memória. A Prefeitura iniciou a invasão da “pedreira” e muita gente no Guarujá se lembra do fato. Durante esse desgoverno também foi iniciada a desurbanização do loteamento existente no local com o roubo de terra de aterramento etc.

Conforme está fartamente explicado neste blog eu tentei mostrar àqueles que devem se importar com a saúde da sociedade os problemas existentes. Não fui feliz. Creio que minha época já passou e não estou entendendo a nova ética que prevalece em todos os setores. Foi um sonho, nada mais.

Aos deserdados das leis deste país tão vilipendiado, desejo coragem. Procurem, porque deverão encontrar alguém audaz e honesto que lhes possa ajudar. Se deixarmos proliferar a desesperança nós caminharemos para uma guerra civil, como está acontecendo no oriente próximo, solução na qual todos perdem e que temos obrigação de evitar a todo custo.

Janeiro de 2014