sábado, 9 de fevereiro de 2013

24. CORRUPÇÃO (2)




Na foto se vê que o Brasil está vermelho de vergonha em assistir tanta corrupção, roubo, estelionato e concussão. Isso me faz lembrar uma antiga anedota, do tempo em que o roubo de toca fitas dos carros extrapolava qualquer estatística mais pessimista. Estava eu na Itália e parei o carro em um posto de gasolina e restaurante. Ao mesmo tempo estacionou ao meu lado um carro Lancia, da polizia stradale (polícia rodoviária), de onde desceram dois policiais. Um deles retirou o toca fitas, que era escamoteavel, e o carregou consigo para que não fosse roubado. Naquela época circulava uma anedota seguinte:  
Um turista, eventualmente brasileiro, foi a Napoles com seu carro. Haviam lhe avisado para tomar cuidado com roubo de toca fitas e que se fosse estacionar na rua, que retirasse o toca fitas. O turista, descuidado, se esqueceu da advertência, mas tendo caminhado uns passos voltou para retirar o rádio. Entretanto, quando procedia à operação, percebeu um barulho na trazeira do carro e, já com o rádio na mão, saiu para ver o que era. Eis que um molecote estava retirando uma das rodas. Advertido pelo turista retrucou: - Quieto! Fique com o rádio que eu fico com a roda! 
Mutatis mutandis é o que está acontecendo no Brasil. É todo dia, nos jornais, na midia televisiva, no rádio, notícias de todo tipo de roubo, principalmente do dinheiro dos impostos. Não dá mais para aguentar. Acontece que é grande a espectativa de ficar milionário com dinheiro público e por isso todos querem ser governadores, prefeitos ou pelo menos vereadores. Mais de 50% dos candidatos a esses cargos são funcionários publicos e, naturalmente, a matematica nos leva a acreditar que esse é o percentual dos eleitos. De cara, note a diaparidade na representação. Em 120.000.000 de brasileiros votantes, talvez hajam 8.000.000 de funcionários públicos e entre eles são escolhidos os 50% para os postos eletivos. Caros brasileiros e brasileiras, não deveria ser, pelo menos, proporcional? Vamos brigar pelas cotas? 
O pote de ouro, o botim, é muito grande e desperta a cobiça da classe política, se não vejamos:  Imagimem uma cidade com um orçamento de um bilhão de reais. Pela lei, no máximo 60% do orçamento vai para pagamento do funcionalismo. Sobram, portanto, quatrocentos milhões para obras. Todos sabemos que não existe, absolutamente, falcatruas no contrato de obras e serviços, mas somente por suposição, digamos que houvesse. Façamos uma taxa de 5%,  e hoje ninguem trabalha mais com essa taxa. Bem, 5x400.000.000,00 =  R$20.000.000,00 por ano. Em quatro anos teriamos R$80.000.000,00 de desvio do dinheiro público. Caso a taxa fosse 20% é só multiplicar por 4 e teriamos    R$320.000.000.00.  Além disso tem o dinheiro do lixo, de transporte coletivo e outras mutretas ainda por serem descobertas. Vamos pedir a Deus que ilumine os promotores e procuradores que se associaram no MOVIMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DEMOCRATICO. Se eles não derem jeito nessa farra, só o Pai Santissimo resolverá.
Nota. O MPD, Movimento do Ministério Público Democratico, é uma Associação que reune promotores e procuradores de 22 estados brassileiros.
 

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