sexta-feira, 21 de junho de 2013

30. JUSTIÇA QUE TARDA, FALHA.



Queridos concidadãos, se é que posso chamar de cidadão nós todos, que somos carentes dessa qualidade por imposição oficial. Em fins de abril encaminhei farta documentação ao GAECO, Santos.  A mesma documentação foi encaminhada à DELEGACIA DE POLICIA do Guarujá.
Também encaminhei ao MP de Guarujá o documento transcrito neste blog na postagem SEGREDO DE JUSTIÇA.
Não pretendo apressar ninguém, mesmo porque todos devem ter assuntos mais importantes, inclusive de cunho pessoal, para tratar. Entretanto repiso o argumento de que quando não se tomam providencias tempestivas, ocorrem assassinatos, Parques Florestais transformam-se em favelas e cresce a indignação do povo contra a ineficácia das leis,  pois que já está nas ruas  e não é, certamente, devido aos famosos 0,20 centavos, mas sim indignados por motivos que todos sabemos e que martela forte no peito de cada um de nós, brasileiros.

Gostaria de lembrar Cezare Beccaria (1738-1794) Jurista, literato, filósofo, escritor, através das citações abaixo.
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Quando o delito é constatado e as provas são certas, é justo conceder ao acusado o tempo e os meios de justificar-se, se lhe for possível. É preciso, porem, que esse tempo seja bastante curto para não retardar demais o castigo que deve seguir de perto o crime, SE SE QUISER QUE O MESMO SEJA UM FREIO ÚTIL CONTRA OS CELERADOS.
Um mal entendido amor da humanidade poderá condenar logo essa presteza, a qual, porém, será aprovada pelos que tiverem refletido sobre os perigos múltiplos que as extremas procrastinações da legislação fazem correr à inocência.

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Quanto mais pronta for a pena e mais de perto seguir o delito, tanto mais justa e útil ela será. Mais justa porque poupará ao acusado os cruéis tormentos da incerteza, tormentos supérfluos, cujo horror aumenta para ele na razão da força de imaginação e do sentimento de fraqueza.

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Eu disse que a presteza da pena é útil; e é certo que, quanto menos tempo decorrer entre o delito e a pena, tanto mais os espíritos ficarão compenetrados da idéia de que NÃO HÁ CRIME SEM CASTIGO; tanto mais se habituarão a considerar o crime como a causa da qual o castigo é o efeito necessário e inseparável.

Se não houve erro do jornal, a próxima audiência foi marcada para Outubro de 2014! Simplesmente risível; perdemos totalmente o controle sobre o que é ou não ridículo.
    
Como espero, há longos trinta (30) anos, qualquer providência, faço minhas as palavras de Luiz de Camões:

Oh como se me alonga, de ano em ano,
a peregrinação cansada minha!
como se encurta, e como ao fim caminha
este meu breve e vão decurso humano!

Vai-se gastando a idade e cresce o dano;
perde-se-me um remédio que ainda tinha;
se por experiência se advinha,
qualquer grande esperança é grande engano.

Corro após este bem que não se alcança;
no meio do caminho me falece;
mil vezes caio e perco a confiança.

Quando ele foge, eu tardo; e, na tardança,
se os olhos ergo a ver se ainda aparece,
da vista se me perde e da esperança.


Passei da idade de esperar, já estão me chamando do outro lado, para onde, todos, temos que ir. A esperança de melhorar este país ficará nas mãos dos jovens, aqueles que não emigraram por desesperança.  Dias melhores virão, já se ouvia há muitos anos e ainda se escuta. Até quando?



Obs. Melhor entendida será a mensagem se ao ler, for possível ouvir o Larghetto 9:18 do Concerto para piano Nº 2 em Fá menor, OP. 21 de FREDERIC CHOPIN.

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