O Brasil é hoje, como a
índia, um país de grande potencial econômico principalmente devido à extensão
de seu território e do número de habitantes. Todavia não é, e dificilmente será
em prazo curto, uma nação do chamado primeiro mundo. A inércia dos Entes Públicos,
sem dúvida, é responsável pelo atraso em que nos encontramos.
Em
1981 eu preparava o projeto de eletrificação do denominado Jardim Virgínia
Continuação (JV 3, foto 5) e solicitei
por escrito à Cesp, empresa que na época era responsável pelo fornecimento de
energia elétrica, que me fornecesse as diretrizes para a execução de um projeto
de distribuição subterrâneo de energia elétrica. Esperei a resposta alguns
meses quando, então, o engenheiro responsável pelo escritório de Guarujá me
aconselhou que desistisse e fizesse um projeto comum, o que foi feito.
Trinta
e dois anos se passaram e pouca coisa foi feita no sentido de eliminar das
cidades a cara, perigosa e antiestética distribuição aérea da energia elétrica,
e não estou falando somente do Guarujá. Para nós, brasileiros, especialmente
para aqueles que não conhecem países do primeiro mundo, pode parecer muito normal
todos esses fios pendurados, esse verdadeiro paliteiro que são os postes e o
emaranhado de fios que se trançam como teias de aranha onde se misturam cabos
de alta e baixa tensão com fios de telefone e de TVs. Vejam que não estou me
referindo às gambiarras existentes nas favelas. Aquilo é ainda muito pior.
Há
uns 8 anos recebi um parente Italiano, que ao chegar no Guarujá, na altura do
Guaibê, mostrou-se
surpreso
ao olhar para o alto e ver tantos fios e cabos pendurados. As fotos 3 e 4
mostram a ineficiência de nosso serviço público. As fotos 1 e 2 representam o que, comumente, se vê na Itália.
No
Brasil as escolas não ensinam os hospitais não curam, a policia não prende, a
justiça não julga, as prefeituras não entendem que o progresso das cidades
depende da qualidade da administração. Cabe ao alcaide exigir, e não pedir, que
a companhia de saneamento forneça água potável e colete o esgoto em 100% do
município. De igual maneira é ele que
deve exigir das companhias de distribuição de energia elétrica que providenciem
os projetos para que toda a distribuição seja subterrânea.
É
isso que ocorre nos países europeus e demais nações civilizadas, entre as quais
o Brasil ainda não está classificado. Àqueles que respondem pela Justiça compete
colaborar para que haja progresso, impedindo os atuais desmandos que, certamente,
beneficiam alguns naquele momento, mas prejudicam toda nossa descendência
jogando populações inteiras a viver na miséria das favelas.
Enquanto
“triunfarem as nulidades” como disse Rui, enquanto os medíocres comandarem,
enquanto não houver uma justiça rápida e efetiva, enquanto não se estabelecer
em cada cidadão o espírito de brasilidade, nossos jovens continuarão
abandonando o país como estão fazendo. Lamentavel.
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