segunda-feira, 14 de abril de 2014

34. LIXO (dejetos humanos)


A foto 8396 mostra o local onde os moradores do Jardim Virginia, Guarujá, S. Paulo, colocam o lixo para que seja levado pela coleta pública. As outras fotos retratam como funciona na Europa, Estados Unidos, e outros países mais sérios. Nessa matéria estamos em atraso de pelo menos 60 anos em relação ao mundo civilizado.
Incumbe ao Poder Público organizar a coleta e disposição final dos dejetos originados pelas atividades humanas e a solução do problema passa pela vontade dos políticos, especialmente vereadores e prefeitos, uma vez que esse é um problema de conseqüências municipais.

Entristeço-me em ver que a classe política viaja para o exterior com as sobras de campanha somente com a finalidade de se divertir e poder trazer uísque do Free Shop. Não conseguem enxergar certos adiantamentos daqueles povos para adotá-los em nosso país. Não creio que seja somente desinteresse. É, principalmente, porque possuem mente apoucada e inculta, produto de educação mal feita ou mal aproveitada.

Há mais de cinqüenta anos que assistimos as privilegiadas mentes dos alcaides e seus assessores adotar a solução de colocar lixeirinhas penduradas nos postes ou fixas nas calçadas para mostrar aos ambientalistas de plantão algum serviço. Em geral os tais pequenos contentores de dejetos são fornecidos por empresas amigas ou de mesma corrente política e não duram o tempo do mandato. É dinheiro posto fora.

Os países subdesenvolvidos, sempre produtos de povos idem, devem procurar auxilio e copiar as soluções acertadas de povos mais avançados. Hoje não se imagina navios transportando cargas picadas carregadas nas costas dos estivadores. Também, no mundo civilizado, não existem lixeiros pegando lixo de porta em porta e fazendo aquela gritaria. A única maneira de coletar o lixo economicamente, separando-o por categorias, é dotando as cidades e o campo de locais com contentores conforme se pode ver nas fotos acima. Cada cidadão, orientado por campanhas publicitárias, leva seu lixo, já separado, para os contentores.
O Brasil perdeu a hora de fazer ferrovias e também perdeu a hora para resolver o problema da coleta do lixo. Façamos um exercício de memória para saber quanto isso poderia custar hoje. Em grandes números temos uns quarenta milhões de domicílios (aceito correções).  Cada contentor atende a uns duzentos lares no máximo, portanto precisamos, grosso modo, 200 000 contentores. Esse equipamento pode ser feito em plástico alto impacto ou chapa galvanizada e vamos, somente para ter um número, orçar em US10 000,00 cada e o total chega a US$2000000000,00. Se considerarmos a coleta separada de vidros, metais, papel e lixo orgânico teremos de multiplicar a despesa por quatro, portanto oito bilhões de dólares.

A isso se soma o custo dos veículos especiais para descarregar os contentores e também os lugares para localizá-los. Esse número poderá, simplesmente, dobrar uma vez que terá que ser levado em conta a proximidade que esses locais deverão estar dos utentes. O dinheiro consumido em uma ou duas arenas para a Copa do Mundo poderia ser suficiente para iniciar o processo, mas isso seria esperar que os gerentes do Brasil soubessem o que significa prioridade. Quem prefere uma TV antes de comprar a geladeira jamais saberá o significado da palavra prioridade.

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